04. Os Montes da Glória
COLECÇÃO POESIA
S. Franclim
Nº 4 | 133 páginas | 2002
Formato: 160 x 230 mm
P.V.P. 15,00€
Mais informações:
info@fundacao-lusiada.org
A FONTE DO ESPÍRITO
Penso tanto
e nada do que penso, ou sinto
exprimo ou descrevo
no princípio dum símbolo.
A verdade da vida tanto proíbe
que apenas escrevo sobre o mar
quando o limite é o Mundo.
E eu, neófito, abandonado
e deixado no relento da noite do ser,
tento não adormecer ou desistir
de perseverar sobre a Prece.
A Pátria tem a coroa no olhar
e o Fim no desejo de o cumprir.
Assim, permaneço sobre o dorso do Silêncio
que desce sobre a minha boca…
Por fim, renascerei:
pensarei mais do que sonhei até hoje
e concretizarei mais do que pensei.
Meu limite será o Mundo
e o Fim a verdade prometida…
Ah! Penso tanto
e nada tenho para escrever
além daquilo que os anjos concedem
O CAVALO BRANCO
Se uma bandeira surgisse do Mistério
e as insígnias do Rei se revelassem
sobre o altar de Portugal (Sintra),
Lisboa seria tomada pelo nevoeiro
e as igrejas pelas trombetas do Fim.
O Mundo ficaria no término do Tempo
e sonharia o regresso do Rei…
Porém, o brasão de Portugal
está içado nos segredos do Mundo.
Onde existe um português,
existe um espírito a sonhar:
a conquistar contornos da Terra.
Basta ao Homem sonhar o Fim
para que este surja derradeiro…
Já se escuta o troar
do cavalo de D. Sebastião!